quarta-feira, janeiro 03, 2007

Nomeação de Maria José Morgado

Foi com muito agrado que vi, ainda no ano de 2006, a nomeação da magistrada Maria José Morgado (MJM) como coordenadora do processo Apito Dourado, processo que, diga-se em abono da verdade, já se arrasta há demasiado tempo e com consequências muito negativas para a própria arbitragem. É notório que desde o início deste processo, a actuação dos árbitros tem sido claramente influenciada…Nenhum árbitro quer, com algum eventual erro de arbitragem a favor do FCP, ser suspeito de estar associado ao processo que muitos consideram ser a justificação mais lógica e credível para o sucesso portista dos últimos 25 anos.
É exactamente no ponto anterior que quero focar o meu comentário. Os constantes ataques pessoais de que o presidente do FCP tem sido alvo ao longo destes anos e as famosas teorias da conspiração de que a arbitragem portuguesa nos últimos anos foi dominada por um único dirigente desportivo (Pinto da Costa) saíram claramente reforçadas com o aparecimento do bendito processo “Apito Dourado”. De facto, este processo, mais do que um processo judicial, transformou-se, para muitos, numa autêntica arma de arremesso muito conveniente e útil na altura de justificar as muitas vitórias e sucessos alcançados pelo meu clube ao longo dos últimos 25 anos. Compreendo que custe, para muitas pessoas, admitir a principal razão do sucesso de um clube que, antes da chegada de Pinto da Costa mais não era do que um simples clube de dimensão regional. E todos nós sabemos, embora nem todos saibamos admitir, que os brilhantes jogadores e fantásticos treinadores que nas últimas duas décadas passaram pelo FCP explicam mais de 90% das vitórias do clube liderado por Pinto da Costa.
Dito isto, resta-me esperar que com a entrada da incorruptível e neutra (como toda a gente diz!) magistrada MJM, este processo encontre o seu fim e os culpados sejam julgados, de forma justa, pelos crimes que tenham cometido. Pelo menos, agora não há dúvidas sobre a seriedade, honestidade e neutralidade de quem lidera e coordena todo este processo. Deste modo, aqueles que tão convictamente afirmavam a sua desconfiança em relação ao rumo do “Apito Dourado”, agora com a entrada de MJM para a coordenação do processo em questão, perderam fortes argumentos para sustentar a sua tese!

PS: Ao contrário de cerca de 8 milhões de portugueses e, inexplicavelmente, alguns ilustres portistas por quem tenho a maior consideração (Miguel Sousa Tavares, …), achei perfeitamente ridícula a ideia da demissão de Pinto da Costa. Se o fizesse, o presidente do FCP estaria a admitir uma culpa que ainda não foi provada em sede própria e que o próprio refuta claramente. Todavia, compreendo perfeitamente aqueles que entusiasticamente exigem a demissão de Pinto da Costa, afinal ele é o principal obreiro da hegemonia azul e branca que ainda hoje se mantém no futebol português!!!

1 Comments:

At 12:06 da manhã, Blogger Simão Pfc Neves said...

Concordo com o RCBC na questão da demissão.
Ora se o homem não se considera envolvido em nada, porque raio havia de se demitir?
Isto seria logo interpretado como uma confissão.
Quanto às outras questões só quando se vir o fim é que vamos poder o que se passou.
Acima de tudo espero sinceramente que este seja o princípio de uma reviravolta que a justiça em Portugal precisa levar.
E nada melhor do que um sector supostamente intocável para mostrar que algo mudou.
Vamos ver...

 

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