sexta-feira, outubro 20, 2006

FÓRMULA 1

Realiza-se no próximo fim-de-semana o Grande Prémio de Brasil, a prova que vai decidir a atribuição tanto do título mundial de pilotos, como do título mundial de construtores.
Como em todos os textos que aqui escrevo, neste não poderei deixar de exprimir as minhas preferências. Não gosto, nem nunca gostei, de Michael Schumacher! Apesar de, obviamente, admitir que Schumacher é um bom piloto que por mérito próprio dominou os últimos anos da Fórmula 1, a sua condução agressiva e os vários comportamentos anti-desportivos ao longo da carreira, conduzem a uma atitude de desagrado e antipatia para com o alemão, não só da maioria dos adversários (basta ver o que dizem Alonso, Hill, Villeneuve, Coulthard e muitos outros…), como também de muitos adeptos. Para quem não se lembra, este alemão tentou por duas vezes colocar colegas seus fora de pista. Da primeira vez, em 1994, ao despistar-se, o alemão bateu em Damon Hill, colocando este fora de pista e abrindo caminho para a sua vitória no campeonato. Da segunda vez, o alemão deu-se mal pois, ao tentar abalroar Villeneuve, não impediu que o canadiano continuasse em prova, acabando por vencer esta e o campeonato. Também ninguém se esquece do champanhe que o alemão abriu no dia da morte de Ayrton Senna… Por todas estas razões espero que o piloto de Fórmula 1 mais anti-desportivo e agressivo de sempre não utilize nenhuma das suas estratégias sujas para prejudicar a corrida de Alonso.
Além disso, também temos de ter em conta que, nunca como nos últimos anos (aqueles em que Schumacher ganhou…) o desequilíbrio entre a qualidade dos carros foi tão grande. A comprovar este facto, está a percentagem de vitórias conseguida conjuntamente pela Renault e Ferrari nos últimos 3/4 anos, percentagem essa que se deve situar perto dos 90%!
Concluindo, resta-me dizer que não é só o número de vitórias e sucessos que ditam os grandes desportistas, a ética e o respeito pelos adversários também são requisitos que, do meu ponto de vista, um grande desportista deve ter. Deste modo, daqui a alguns anos provavelmente Schumacher será lembrado como um bom piloto, que nunca deu espectáculo e cultivou imensas inimizades. Ao invés, aquele que será, para sempre, lembrado como um grande desportista e um piloto que dava espectáculo é, sem sombra de dúvidas, AYRTON SENNA!

4 Comments:

At 7:58 da manhã, Blogger Simão Pfc Neves said...

Concordo plenamente e comungo de tudo o que RCBC disse.
Apesar de dar mérito ao Alemão (será que vou ser considerado racista por chamá-lo assim?) pelo que ajudou a desenvolver os carros das suas equipas, nunca o vou considerar um bom desportista, porque as manobras anti-desportivas foram mais do que muitas.
E no desporto todos queremos ganhar, mas a todo o custo é que não.
As manobras do alemão podem muito bem ser equiparadas ao dopping.
Ganhar sim, mas não a qualquer preço.
Por outro lado, não acredito no desporto motorizado, pois em 90% depende de quem tem o melhor carro, a melhor equipa, os melhores patrocinadores, e só em 10% de quem tem o melhor piloto.
Um verdadeiro campeão só deveria ser apurado quando todos competissem com carros iguais.
Enquanto não for assim, este desporto diz-me muito pouco.

 
At 10:09 da manhã, Blogger MM said...

É bom lembrar, que o Ayrton Senna tinha um feitio muito ao estilo do actual Michael Shumacher, mas como já faleceu as pessoas esquecem...

 
At 4:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O Michael Schumacher foi o piloto de Fórmula 1 que mais inimizades e ódios cultivou ao longo da sua carreira!Este é um facto indesmentível...
MM, por acaso não tenho conhecimento de nenhum piloto que tenha sido abalroado vergonhosamente pelo Senna...enquanto que nessa área o Schumacher bate toda a concorrência...

 
At 11:05 da manhã, Blogger Simão Pfc Neves said...

Se nesta última corrida se a situação fosse ao contrário, ou seja, Schumacher em vantagem no campeonato sobre Alonso, aposto que o Alonso tinha levado uma cacetada.
Foi esta uma das imagens mais fortes que o Alemão deixou ao longo da sua carreira.
Infelizmente... para ele.

 

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