segunda-feira, março 24, 2008

FALTA DE COMPARÊNCIA DO CLUBE ANA

Considero que sem dúvida nenhuma esta é uma situação que não é nada favorável para o voleibol açoriano e foi uma forma injusta dos jogadores do Clube Ana terminarem a sua participação na competição.

Analisando friamente considero o seguinte:

- o Clube Ana é indiscutivelmente culpado pelo facto de não analisar todas as fontes de informação que lhe são dirigidas, nomeadamente todos os comunicados das organizações com as quais este clube se relaciona, nomeadamente Federação Portuguesa de Voleibol (FPV), Associação de Volei da Ilha Terceira (AVIT) e Associação de Voleibol de Santa Maria, embora tenha como atenuante o facto de quando detectado o erro tudo ter feito para que o jogo se realizasse;

- a Associação de Voleibol de Santa Maria não pode assobiar para o lado pois tudo isto resultou de um erro grosseiro cometido por esta Associação no seu comunicado, erro que terá de assumir frontalmente colocando-se ao lado do seu associado, a quem tem de forçosamente prestar todo o apoio e colaboração, sob pena de assumir publicamente que as associações não têm papel de qualquer interesse na mediação de problemas dos seus filiados, dando sim primazia a interesses particulares;

- a arbitragem tem de despir as camisolas dos clubes que defende, bem como deixar os inúmeros interesses particulares, e passar a defender a modalidade, o que não acontece de modo algum em muitos e muitos campos;

- o Ribeirense não teve uma postura ética ou sequer lógica, uma vez que nem sequer beneficiava em nada com a referida falta de comparência, pois a sua classificação em nada se alteraria, não se percebendo assim, qual o objectivo de não realizar um jogo que poderia dar mais um pouco de competição aos seus jogadores.

Neste caso, a batata quente está nas mãos da Direcção Regional do Desporto que se por um lado tem um facto claro, houve falta de comparência, por outro lado não pode deixar de ter em conta que não se trata uma falta de comparência normal, por resultar de um erro de um comunicado de uma Associação a quem o clube tem que dar todo o crédito, pois é SÓ quem o representa junto da Federação Portuguesa de Voleibol e se os clubes não puderem confiar nos documentos que delas emanam, vão confiar em quem?

Resta-me dar os parabéns aos jogadores do Clube Ana pela forma como deram mais brilho à vitória dos Antigos Alunos, pelas dificuldades que nos impuseram e pelos obstáculos que nos obrigaram a ultrapassar.

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2 Comments:

At 12:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Realmente o Clube Ana nao esta isento de culpas mas enfim... nao vale de nada chorar sobre o leite derramado e como ja foi referido no post, "... a batata quente está nas mãos da Direcção Regional do Desporto..."
é triste este desfecho. nos atletas e mais gente envolvida no projecto nao mereciamos e o desporto regional tambem nao precisa de atitudes destas. emn relaçao a seguinte expressao que passo a transcrever:
"Resta-me dar os parabéns aos jogadores do Clube Ana pela forma como deram mais brilho à vitória dos Antigos Alunos, pelas dificuldades que nos impuseram e pelos obstáculos que nos obrigaram a ultrapassar."
Falando por mim, aceito e compreendo os parabens ate porque sem estas duas equipas, este campeonato ficava mais pobre do que ja é. Fair Play acima de tudo..

Hélio Pontes

 
At 5:48 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Os factos em relação à deslocação do Clube Ana á ilha do Pico, para a realização dos últimos dois jogos do campeonato nacional de 2ª Divisão Zona Açores, são:

O clube Ana deslocou-se ao Pico com a informação, segundo documento oficial, do seguinte calendário:

15/03/2008 – 20:00h - Esc. Bás. Int. 2/3 Sec. Lajes Pico
16/03/2008 – 11:30h - Esc. Bás. Int. 2/3 Sec. Lajes Pico
(importante referir que o aquecimento começa 1h antes do início do jogo)

Sábado – 15/03/2008
A equipa chega ao Pico por volta das 12:00h, e em seguida almoça na Madalena.
Por volta das 15:00h instala-se numa residencial nas Lajes a 5 min do pavilhão.
No final do dia realiza o seu jogo contra o Ribeirense, saldando-se o resultado em 3-1 a favor do clube Ana.
Logo após o jantar os atletas recolheram à residencial para descansarem

Domingo – 16/03/2008
Por volta das 9:00h a maioria dos atletas do Clube Ana tomam o pequeno-almoço.
Por volta das 10:00h alguns dos atletas saem da residencial para um passeio matinal
Às 10:14h um dos atletas do Clube Ana desloca-se ao pavilhão, e verifica que a equipa adversária já estava em aquecimento. Intrigado pergunta a hora de início do jogo, pelo que lhe é informado, pela equipa de arbitragem, já presente no pavilhão e equipada, que o jogo se iniciava às 10:00h.
Às 10:14h este atleta informa telefonicamente o treinador do Clube Ana da situação. O treinador aproveita a chamada para informar os árbitros que tinha sido notificado oficialmente de que o jogo só se iniciava às 11:30h. O treinador avisa de imediato os seus atletas para se deslocarem ao pavilhão (viagem essa que demorou menos de 5min).
Às 10:15h, os árbitros em sintonia com a equipa do Ribeirense decidem resguardar-se nos regulamentos (que mencionam que um atraso superior a 15min, implica falta de comparência) e decidem preencher o boletim de jogo mencionando a falta de comparência da equipa do Clube Ana
Às 10:16h, chegam mais 3 atletas, entretanto os árbitros estão terminando o preenchimento do boletim de jogo. A equipa adversária rapidamente começa a recolher ao balneário. Os árbitros concluem o boletim de jogo e dão por concluído o jogo. Entretanto os elementos presentes no pavilhão continuam a apelar ao bom senso dos intervenientes e tentam realizar o jogo.
Às 10:18h, o Clube Ana tinha jogadores e condições suficientes (entenda-se equipados como determinam os regulamentos) para se iniciar o jogo. Alguns dos jogadores do Ribeirense já se encontravam no balneário a prepararem-se para abandonar o pavilhão. O treinador, dirigente e árbitros mantém-se decididos a não alterar a sua decisão, mostrando-se pouco disponíveis ao diálogo e resolução da situação.
Às 10:19h (11min antes da hora comunicada oficialmente ao Clube Ana) surge o treinador, que em conjunto com os atletas já presentes, tenta dialogar e dar início ao jogo. Mais uma vez dirigentes, treinador do Ribeirense e árbitros, mantém-se pouco disponíveis ao diálogo, confirmando a decisão já tomada e registada oficialmente no boletim de jogo, ou seja, falta de comparência do Clube Ana.
Mesmo após árbitros, treinador e jogadores adversários terem abandonando o pavilhão, o clube Ana contactou diversos responsáveis, desde árbitros, presidente do Ribeirense e dirigentes associativos no sentido de que se realizasse o jogo, aproveitando a deslocação dos atletas do Clube Ana à ilha do Pico.
Mais uma vez, os nossos resultados foram infrutíferos, pois como disse o Sr. Presidente do Ribeirense, “As pessoas têm as suas vidas e como tal não é fácil reuni-los naquela hora para jogar”.

Estes são os factos reais, duros e isentos de qualquer juízo de valor.

Agora vamos a algumas questões importantes e que suas respostas provocaram e ainda provocam muita revolta a quem trabalha pelo voleibol.

Um dos elementos da equipa de arbitragem que é colega de um dos nossos atletas, também ele árbitro, tendo o contacto deste, porque é que não se preocupou em tentar saber junto dele o porquê daquele atraso?

Sabendo os responsáveis do Ribeirense que o Clube Ana estava na ilha do Pico para jogar (como tinha feito na noite anterior!), porque é que não estranharam o nosso atraso?

Porque é que mesmo tendo aparecido um dos elementos do Clube Ana, 1 minuto antes dos 15 min de atraso (necessários para declarar a não comparência) os dirigentes, treinador e equipa de arbitragem, não deram importância nenhuma à explicação, iniciando desde logo o preenchimento do boletim de jogo e anulando a realização do jogo?

Porque é que os dirigentes, treinador e equipa de arbitragem, mostraram-se pouco disponíveis ao diálogo e, acima de tudo; à resolução daquele imprevisto?

Sabendo que a equipa de arbitragem era do Pico e as pessoas do Ribeirense estavam em casa, o porquê da sua teimosia na não realização do jogo?

Não será que deveria ser responsabilidade da equipa de arbitragem, sabendo 1 minuto antes dos tais 15 min oficiais, tentar mediar o diálogo entre Clube Ana e Ribeirense no sentido de se realizar o jogo?

Não seria muito mais importante e lógico, ter-se realizado este jogo, esquecendo uns “míseros 4 min de atraso”, a entrar-se agora num processo complicado de apuramento de responsabilidades e aplicação de multas/penalizações, que pode penalizar várias pessoas e em última instância o próprio voleibol?

Será que esta teimosia e falta de bom senso, por parte dos dirigentes e treinador do Ribeirense em concordância com a equipa de arbitragem veio valorizar e defender os interesses do voleibol regional?

Será que jogadores, treinadores, dirigentes e árbitros, andam a lutar e a trabalhar para, ao invés de se praticar voleibol, procurarem ridículas razões (como é por exemplo 4 min de atraso) para não se praticar voleibol?

Será que indisponibilidade e cumprimento restrito por parte dos dirigentes, treinador do CDR e equipa de arbitragem dos regulamentos, e a sua falta de bom senso e compreensão vieram prestar um serviço positivo ao voleibol regional e aos principais interessados que eram os atletas?

Porque é que a vontade expressa várias vezes pelos atletas do Clube Ana e alguns do Ribeirense foi ignorada, mantendo-se a vontade de outras pessoas, que pouca intervenção têm no jogo, na não realização do encontro?

Sinceramente, agora só me resta opinar pois não consigo evitar, e se calhar até arrisco a perder a minha razão, mas não consigo calar a minha repugnância e desilusão com a atitude tomada hoje pela equipa de arbitragem, dirigentes e treinador do Ribeirense. A atitude deles hoje na ilha do Pico, só veio demonstrar uma coisa, estas pessoas que eu mencionei estão a mais no voleibol, pois eu e mais 19 atletas (11 do Clube Ana e 8 do Ribeirense) apenas queríamos uma coisa: jogar Voleibol, e isso foi-nos negado claramente por entidades que apenas existem para apoiar os atletas. Quando pessoas como, e volto a frisar para quem estiver a ler não se esqueça, os dirigentes e treinador do Ribeirense e aquela dupla de arbitragem estejam no voleibol então continuaremos a assistir à permanente destruição do voleibol. Por estas pessoas acabava-se com isto e deixava de haver pessoas a praticar voleibol.

A tacanhez e hipocrisia dos árbitros (dos quais não refiro o nome porque simplesmente não sei!), dos dirigentes e treinador do Ribeirense foi tanta, que ao serem confrontados com a sua decisão de declarar falta de comparência ao Clube Ana, as suas respostas eram:
Árbitros – “O jogo só se pode realizar se a equipa do Ribeirense assim o desejar!”
Ribeirense – “Nós até jogávamos, mas os árbitros começaram logo a preencher o boletim de jogo, pelo que não podemos fazer nada!”.
Até neste pormenor as suas mentalidades foram duma reduzida inteligência e tremenda falta de respeito revelando uma enorme falta de dignidade em, pelo menos, assumir as suas próprias decisões..

Bem sei que vozes de burro não chegam ao céu e a falta de consciência das pessoas já referidas não alterará em nada a sua postura e muito menos nos devolverá a possibilidade de realizar aquele jogo, mas ao menos recorro a um direito que os meus pais ganharam em 25 de Abril de 1974, o direito livre de me exprimir.

Eu já tinha sofrido na pele a anulação duma subida à 2ª divisão pelos Antigos Alunos B por parte da Federação Nacional de Voleibol, porque simplesmente decidiram poucas semanas antes de obtermos o nosso título que as equipas B não podiam subir.
Agora entidades regionais impedirem-me a prática de voleibol, por causa duns patéticos 4 min!!??...Sinceramente o que é que estas pessoas querem????

Agora só espero que a falta de bom senso dos dirigentes, treinador e árbitros, não seja apoiada pela Direcção Regional do Desporto, avançando-se com multa e penalizações, avolumando-se assim o número de pessoas que mais não fazem do que tentar impedir que se pratique voleibol nos Açores.

Pedro Silveira, jogador do Clube Ana

 

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