Valentes decisões

PC continua igual a si mesmo. Quando todos pensavam que o 25 de Abril já abrangia todo o país, descobre-se que para o lado das Antas ainda existe algum tipo de repressão, roçando até comportamentos ditatoriais que só os (muitos) títulos escondem, ou pelo menos fazem com que muitos fiquem com o pensamento próprio anestesiado e lá vão nos festejos.
O “caso Nuno Valente” representa o que de mais deplorável existe no futebol português, o pensamento mesquinho de muitos dirigentes. Nuno Valente lesionou-se ao serviço da selecção, mas se todos recuarem um pouco no tempo verão que não é o primeiro caso de um jogador ficar impedido de alinhar no seu clube por lesionar-se num jogo da selecção.
Posto isto, qualquer tipo de vitimização de PC no processo é ridícula e em vez de lutar pelos interesses reais dos clubes, castiga um jogador, condicionando de forma inqualificável a sua carreira, ou o Porto ou a Selecção. Em vez dos clubes, que são quem verdadeiramente paga aos jogadores e quem sai prejudicado neste tipo de situações, procurarem que seja a federação a pagar os salários (os declarados à Segurança Social, não os que pagam na realidade) dos jogadores que se lesionem ao serviço da selecção e durante o tempo de recuperação, não, olham para o seu umbigo e com medidas inqualificáveis punem os menos culpados neste processo, os jogadores.
Quanto à suposta “solução milagrosa” encontrada, onde são “encomendadas” directamente e antecipadamente com o seleccionador nacional as convocatórias, de tão ridícula que é, não merece sequer comentário…
PS - Acabo de ouvir que o jogador Nuno Valente vai para o Everton. Se assim for, que tenha sorte pois é um bom jogador!