O arranque não desejado
Não acredito que a direcção dos Antigos Alunos quisesse deixar sair o João Malveiro, o Silveira ou até indo mais atrás, o Teixeira.
Não acredito que exista algum tipo de fetiche em ter um plantel com muitos estrangeiros como acredito que se calhar queriam ter no plantel alguns dos melhores jogadores portugueses, como os que saíram, e não têm.
No desporto, como em tudo, o dinheiro fala mais alto, a questão é que existem diferentes formas de lidar com isso. A primeira e mais fácil é gastar o que se tem e o que não se tem e esperar que quem vier no futuro pague essa factura. A outra, pouco popular e pouco populista, é a de definir uma gestão rigorosa com o pouco disponível, procurando cumprir todos os compromissos, mesmo que para isso seja necessário abdicar de grandes jogadores e procurar um mercado bem mais acessível, não descurando como é óbvio a qualidade pretendida.
Não conheço detalhadamente a actual equipa de voleibol da AAA (exceptuando aquele que para mim é, juntamente com o Silveira, o melhor jogador açoriano de sempre, Miguel Pacheco), mas mesmo longe fisicamente não deixo de torcer pelo clube e de acreditar que é possível dar a volta a este mau momento porque para mim o mais importante é a dignidade e se os Antigos Alunos tiverem um percalço (coisa que não acredito) que seja com a mesma dignidade com que subiram à primeira divisão e com que participam no campeonato.
Para quem rejubila já com esse arranque menos bom da equipa micaelense, convém lembrar que ainda falta muito campeonato e certamente muita coisa vai acontecer.
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